terça-feira, 30 de março de 2010

Hojerizah - Pros Que Estão em Casa 1987

Hojerizah é o nome de uma banda de rock formada em 1983, por Toni Platão, Flávio Murrah , Marcelo Larrosa e Álvaro Albuquerque na cidade do Rio de Janeiro. A banda lançou em 1984 um compacto simples pela BB Records/Polygram contendo as músicas "Que horror" e "Pros que estão em casa", que seria regravada em seu primeiro LP lançado pela BMG - Ariola em 1986.

Faixas
:

01 Passos
02 Tempestade em Viena
03 Dentes da Frente
04 Pros Que Estão em Casa
05 Roma
06 Sol
07 Senhora Feliz
08 Cinzas Que Queimam
09 Tempo Que Passa
10 Pessoas
11 Que Horror (Bonus Track)


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domingo, 14 de março de 2010



Titãs é uma banda de rock brasileira formada em São Paulo, na década de 1980. Ativa há mais de 25 anos, tornou-se uma das quatro maiores bandas do BRock, ao lado de Legião Urbana, Os Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho. Algumas de suas músicas de maior sucesso são "Sonífera Ilha", "Flores", "Polícia", "Comida", "Televisão", "Marvin", "Bichos Escrotos", "Diversão", dentre outras.

História
Formação e Primeiros Trabalhos:
A maioria dos integrantes da banda se conheceu no Colégio Equipe, em São Paulo, no final da década de 1970 e, a partir de uma apresentação na Biblioteca Mário de Andrade no ano de 1981, passaram a fazer shows em várias casas noturnas da cidade.

A primeira formação contava com nove integrantes — Arnaldo Antunes, Branco Mello, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto, Tony Belloto, Ciro Pessoa e André Jung. Além da quantidade exagerada de vocalistas no palco (seis ao todo), a banda, que na época se chamava Titãs do iê-iê, chamava a atenção por seu visual extravagante, que incluía penteados estranhos, maquiagens, ternos e gravatas de bolinhas.


O primeiro álbum

"Não posso mais viver assim ao seu ladinho, por isso colo o meu ouvido num radinho, de pilhaaaa..."
Brega? Tôsca? Romântica? Bom, qualquer que seja a crítica, elogio, é assim que se inicia a faixa que abriria a porta para a grande trajetória do Titãs (do iê iê iê): "Sonífera Ilha", que acabou virando o nome do disco, para os fãs.
Hit e "carro-chefe" do disco, SI, estouro nas rádios com seu ritmo meio que pop/brega, colocou o Titãs nos principais programas de auditório da época, até hoje a música faz parte do repertório do grupo. As vendagens de Titãs, porém, foram decepcionantes: o álbum não chegou nem mesmo a 50 mil cópias vendidas. Parte da culpa foi atribuída ao lançamento em compacto da própria "Sonífera Ilha", que acabou por trazer "Toda Cor", futuro single, no lado B, que vendeu cerca de 60 mil exemplares. Mas o lançamento de singles era uma praxe no mercado brasileiro na época e uma ferramenta decisiva para o sucesso de bandas contemporâneas do Titãs, como o Ultraje a Rigor e Kid Abelha e os Abóboras Selvagens. Nesse sentido, o lançamento do single é uma explicação pouco convincente para as baixas vendagens do disco de estréia. Assinada por Tony Belloto, Marcelo Fromer, Branco Mello e Ciro Bismack, garantiu presenças constantes nas rádios e em atrações televisivas como a Discoteca do Chacrinha e o Programa Raul Gil.
A música já foi regravada por outros artistas como Adriana Calcanhoto e pela banda Blitz. Interpretada por Paulo Miklos (sax), puxada pelo coro de Arnaldo Antunes, Branco Mello, Sérgio Britto (teclados) e Nando Reis (baixo). Tony Belloto, Marcelo Fromer e André Jung (guitarra solo, guitarra base e bateria, respectivamente), completavam o grupo. Era estranho para as pessoas olharem para a capa do disco e ver um "amontoado" de homens enfileirados.
-Afinal são quantos?
-Acho que uns oito!
-Oito? Pra que tantos?
Pois é. É assim que viam a banda. Oito cabeças pensantes. Mas aos poucos foram se acostumando, ouvindo e curtindo.


Nesse mesmo disco, os Titãs colocaram nas rádios a música "Toda cor", além de uma das mais importantes da história da banda: "Marvin". Embora ela faça parte desse disco, não fez sucesso naquele momento, fato que ocorreria quatro anos mais tarde, quando os Titãs lançaram uma versão mais técnica e melhorada da música. O mesmo fato aconteceria com outra faixa do disco, "Go Back".
Sai André Jung, entra Charles Gavin
Após um show no Rio de Janeiro, no final de 1984, os Titãs decidiram substituir o baterista André Jung por Charles Gavin. Há tempos a banda não estava satisfeita com a forma com que André tocava e, conforme a insatisfação com ele aumentava, crescia também a admiração por Charles Gavin, baterista que estava naquele momento ensaiando com o RPM, e que também já tinha feito parte do grupo Ira!. A notícia de que seria substitu
ído na banda não agradou André, pois ele pretendia passar o ano novo com sua namorada no Rio de Janeiro e celebrar o sucesso da canção "Sonífera Ilha". Com a decisão da banda, André voltou para São Paulo e dois dias depois entrou para o grupo Ira!. Outro músico que não ficou satisfeito foi Paulo Ricardo, que descobriu que Charles Gavin tinha saido do RPM ao assistir um programa de TV, que mostrava a preparação do Titãs para um show, já com Charles entre seus integrantes. Este fato deixou um clima tenso entre o baixista e vocalista do RPM e o novo baterista dos Titãs.


Faixas:

01. Sonífera Ilha
02. Marvin
03. Babi Índio
04. Go Back
05. Pule
06. Querem Meu Sangue
07. Mulher Robot
08. Demais
09. Toda Cor
10. Balada Para Jonh e Yoko
11. Seu Interesse

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O disco Televisão
O Titãs gravou seu segundo disco em 1985: o álbum "Televisão"
, produzido por Lulu Santos, também não fez grande sucesso mas serviu para colocar a faixa-título nas rádios, além da música "Insensível". O Titãs ainda não conseguia colocar no disco todo o peso que a banda tinha em palco e, além disso, a produção de Lulu Santos não agradou muito a banda. A ideia do disco, de que cada faixa representasse um canal televisivo, também contribuiu para o fato de que o disco não tivesse uma unidade maior.

Faixas:

1. Televisão
2. Insensível
3. Pavimentação
4. Dona Nenê
5. Pra Dizer Adeus
6. Não Vou Me Adaptar
7. Tudo Vai Passar
8. Sonho Com Você
9. O Homem Cinza
10. Autonomia
11. Massacre

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Chegada ao Estrelato
Em novembro de 1985, Tony Bellotto e Arnaldo Antunes foram presos (o primeiro por porte e o segundo por porte e tráfico de heroína). Bellotto foi libertado sob fiança. Arnaldo Antunes, por sua vez, permaneceu atrás das grades por mais tempo, sendo libertado após um mês.
O episódio teve um grande impacto na banda. Ofertas de shows escassearam e o Titãs perdeu sua aura de "inocência" diante da mídia.
Após esses acontecimentos, o Titãs entrou novamente em estúdio, cuja principal mudança veio na parte da produção do disco, que ficou a cargo de Liminha, o principal produtor da época. As relações entre a banda e o produtor não eram das melhores, devido a uma declaração de Branco Mello de 1985 em que dizia que "todos os discos
que Liminha produzia pareciam iguais" e também "que era bom mesmo que Liminha não produzisse a banda". O produtor, ao saber disso, não perdeu a chance de jogar as declarações na cara da própria banda, antes de aceitar assumir o projeto. Após o mal-entendido, o grupo e o produtor iniciaram uma grande parceira, que também se repetiria nos próximos três discos da banda.
Liminha conseguiu fazer com que a banda colocasse em disco todo o peso dos shows. Também foi o primeiro produtor que realmente teve coragem de sugerir mudanças em algumas faixas, coisa que até aquele momento a banda não aceitava.
Em junho (1986), sai o disco "Cabeça Dinossauro"
, o disco que mais tarde em 1997 seria considerado pela Revista Bizz como o melhor disco de pop/rock produzido no país. O disco trouxe a banda mais pesada e mais agressiva em suas letras, com influência punk e letras contundentes que não poupavam as principais instituições da sociedade brasileira ("Estado violência", "Polícia", "Família" e "Igreja"). A canção "Igreja" chegou a causar discordância na banda: enquanto a maior parte dos integrantes considerava a canção genial, Arnaldo Antunes não se sentia bem com os versos: "Eu não gosto de padre, eu não gosto de madre, eu não gosto de frei... Eu não entro na igreja, não tenho religião...". Também havia divergências religiosas entre dois integrantes: Arnaldo sempre declarou acreditar em Deus, ao contrário do baixista Nando Reis (autor da canção), que sempre se declarou ateu. Devido a isso, sempre que a canção era tocada, o vocalista se retirava do palco, em um silencioso protesto.
Devido ao tom agressivo, "Cabeça..." foi praticamente barrado nas rádios e na televisão, porém a situação começava a mudar. Após um começo de turnê desapontador (shows para 30 ou menos pessoas), as apresentações cada vez mais agressivas passaram a atrair milhares de pessoas.
O marketing espontâneo não demorou muito e, por fim, o Titãs ganhou seu primeiro disco de ouro. Sem outra alternativa, as emissoras se renderam ao sucesso e começaram a tocar. Algumas se davam ao luxo de pagar multas para tocar as faixas censuradas, como "Bichos Escrotos".


Faixas:


01. Cabeça Dinossauro
02. AA UU
03. Igreja
04. Polícia
05. Estado Violência
06. A Face do Destruidor
07. Porrada
08. Tô Cansado
09. Bichos Escrotos
10. Família
11. Homem Primata
12. Dívidas
13. O Que

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Um novo caminho
"Cabeça Dinossauro" abriu várias portas para o Titãs. Além do aumento do número de shows, do cachê e da atenção da mídia em cima do trabalho do grupo, a última faixa do disco abriu portas para uma nova sonoridade que seria muito utilizada no disco seguinte da banda. "O quê?", 13º faixa do álbum, foi gravada de forma diferente das demais do disco. Nela foram utilizados samplers, além de bateria eletrônica. Sua gravação durou uma semana, e o resultado agradou tanto à banda quanto aos fãs.


No centro das atenções
Era dessa forma que o Titãs estava no ano de 1987. O último disco era aclamado por público, crítica e artistas de várias estirpes da música, com
o Caetano Veloso e Renato Russo.
A glória e a descoberta de novos caminhos sonoros estimulou a banda a entrar em estúdio para gravar seu 4º disco, "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas".
Curiosidade: os lados A e B do LP foram batizados de Lado J e Lado T, para que o público não ouvisse automaticamente o lado onde estariam apenas os grandes sucessos. A utilização de samplers e bateria eletrônica foi constante nas primeiras 7 faixas do disco, causando grande revolução sonora. Dentre as faixas, destacam-se a faixa-título, "Corações e Mentes" e "Comida", enquanto as outras seguiam a linha ditada pelo disco anterior, como em "Lugar Nenhum", "Nome aos Bois" e "Desordem".
O disco seguiu o ritmo de vendas do disco anterior, e colocou de vez o Titãs entre as grandes bandas nacionais, graças ao sucesso da parceria com
Liminha. O produtor chegou a ser considerado o "9º titã", devido às participações em shows do grupo paulista.

Faixas:

  1. "Todo Mundo Quer Amor" – 1:18
  2. "Comida" – 3:59
  3. "O Inimigo" – 2:13
  4. "Corações e Mentes" – 3:47
  5. "Diversão" – 4:45
  6. "Infelizmente" – 3:01
  7. "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" – 2:11
  8. "Mentiras" – 2:09
  9. "Desordem" – 4:01
  10. "Lugar Nenhum" – 2:56
  11. "Armas pra Lutar" – 2:10
  12. "Nome aos Bois" – 2:06
  13. "Violência" * – 2:48

* Não contém no LP original.

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Go Back é o primeiro álbum ao vivo da banda brasileira de rock Titãs, gravado em concerto no dia 8 de julho de 1988. A banda foi a primeira do país a se apresentar na "Noite do Rock" do Festival de Jazz de Montreux. Seu conteúdo consiste de uma seleção de canções antigas da banda.Faixas:

  1. "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" (Marcelo Fromer, Nando Reis) – 02:32
  2. "Nome aos Bois" (Arnaldo Antunes, Marcelo Fromer, Nando Reis, Tony Bellotto) – 01:47
  3. "Bichos Escrotos" (Arnaldo Antunes, Nando Reis, Sérgio Britto) – 03:18
  4. "Pavimentação" (Arnaldo Antunes, Paulo Miklos) – 03:33
  5. "Diversão" (Nando Reis, Sérgio Britto) – 05:03
  6. "Marvin" (G. N. Johson, Nando Reis, R. Dunbar, Sérgio Britto) – 04:21
  7. "AA UU" (Marcelo Fromer, Sérgio Britto) – 02:36
  8. "Go Back" (Sérgio Britto, Torquato Neto) – 03:40
  9. "Polícia" (Tony Bellotto) – 02:17
  10. "Cabeça Dinossauro" (Arnaldo Antunes, Branco Mello, Paulo Miklos) – 02:25
  11. "Massacre" (Marcelo Fromer, Sérgio Britto) – 01:58
  12. "Não Vou Me Adaptar" (Arnaldo Antunes) – 03:20
  13. "Lugar Nenhum" (Arnaldo Antunes, Charles Gavin, Marcelo Fromer, Sérgio Britto, Tony Bellotto) – 04:14
  14. "Marvin (remix)" (G. N. Johson, Nando Reis, R. Dunbar, Sérgio Britto) – 04:14
  15. "Go Back (remix)" (Sérgio Britto, Torquato Neto) – 05:23

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O auge da parceria Titãs-Liminha consolidou-se em "Õ Blésq Blom" (1989) , uma das produções mais populares até então. Seus principais sucessos eram "Miséria", "Flores", "O Pulso" e "32 Dentes". Um dos destaques curiosos deste trabalho foi a participação especial do casal de repentistas pernambucanos Mauro e Quitéria, descobertos pela banda numa praia de Recife.
Este foi o último trabalho da banda nos anos '80.

Faixas:

01. Miséria
02. Racio Símio
03. O Camelo E O Dromedário
04. Palavras
05. Medo
06. Natureza Morta
07. Flores
08. O Pulso
09. 32 Dentes
10. Faculdade
11. Deus E O Diabo
12. Vinheta Final Por Mauro E Quitéria


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sexta-feira, 12 de março de 2010

Blitz - Blitz 3 (1984)


BLITZ 3 é o terceiro álbum da banda brasileira de B-Rock BLITZ.


Faixas

  1. Eugênio
  2. Xeque-mate
  3. Egotrip
  4. Amídalas
  5. Tarde demais
  6. Táxi
  7. Sandinista
  8. Você vai, você vem
  9. Louca paixão
  10. Dali de Salvador
  11. Trato simples
  12. Cresci, mamãe cresci


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Blitz - Biografia


BLITZ é uma banda de rock brasileiro. Foi uma das bandas precursoras do rock nacional. O grupo foi formado no Rio de Janeiro, em 1980. Integrado por Evandro Mesquita, guitarra e voz; Fernanda Abreu, backing vocal; Marcia Bulcão, backing vocal; Ricardo Barreto, guitarra; Antônio Pedro Fortuna, baixo; William "Billy" Forghieri, teclados; e Lobão (depois substituído por Juba), bateria.

Em 1982, o primeiro compacto, "Você Não Soube Me Amar", alcançou um sucesso estrondoso, logo seguido pelo álbum "As Aventuras da Blitz", consolidando a banda como fenômeno de massa.

Dois anos após o lançamento do terceiro LP — "BLITZ 3", de 1984 —, a banda se desfez, voltando a se reunir ocasionalmente para shows ou eventos.

Com um rock leve, letras bem-humoradas e performance teatral no palco, a BLITZ tocou no Rock In Rio de 1985

Em 1994 teve sua música "Mais uma de amor(geme geme)" como tema da novela a viagem,da personagem dia interpretada por fernanda rodrigues

Em 1997, alguns ex-integrantes se reuniram e gravaram o CD "Línguas" e, em 1999, veio outro, intitulado “Últimas Notícias”.

Márcia Bulcão e Ricardo Barreto trabalham juntos na banda DJambotrio que conta também com o Pedro Lima,criador do bloco Carnavalesco.Os 3 se reuniram em torno de um objetivo: realçar as influências da música africana no repertório brasileiro. Algumas canções são cantadas em Wolof,dialeto africano, feitas em parceria com os músicos senegaleses Mamour Ba e Jean Pierre Senghor. Recentemente a banda lançou o álbum o "Eskute Blitz".

terça-feira, 2 de março de 2010

Blitz - Radio Atividade 1983



Billy conta:

Esse foi disco de platina. Finalmente o Liminha produziu a gente, lembro que ele precisou levar uma máquina de 24 canais pro estúdio, o da Odeon só tinha 16 pistas na época. Mas valeu, depois de 2 meses gravando e mixando, o som ficou bom pra cacete, acho até que é o nosso disco mais perto do show. Na época rolava uma dúvida sobre qual seria a primeira 'música de trabalho', aí 'Dois Passos...' acabou estourando nas rádios e, logo depois, 'Weekend'. Fora isso ainda tinha 'Betty Frígida' e 'Biquíni de Bolinha Amarelinha', que também tocaram bastante. No meio da turnê ficamos um mês e meio direto no Canecào... Era um showzaço, super – produção mesmo !


Gravadora:
EMI Odeon

Formação da Banda:
Evandro Mesquita (voz, gaita, guitarra)
Billy Forghieri (teclados)
Márcia Bulcão (voz)
Fernanda Abreu (voz)
Ricardo Barreto (guitarra)
Antonio Pedro (baixo)
Juba (bateria)

Arranjos:
Blitz e Liminha

Faixas

01 A Última Ficha
02 Ridícula
03 Charme de Artista
04 Só o Amor
05 A Dois Passos do Paraíso
06 Apocalipse Não
07 Weekend
08 Meu Amor Que Mau Humor
09 O Tempo Não Vai Passar
10 Betty Frígida
11 Rádio Atividade
12 Biquíni de Bolinha Amarelinha Tão Pequenininho


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Blitz - As Aventuras da Blitz 1982

A capa exageradamente colorida e o encarte cheio de desenhos remetendo às histórias em quadrinhos já denunciavam que havia algo novo no ar. Em 1982, o Brasil vivia o seu período de reabertura política, e os jovens, finalmente, podiam mostrar trabalhos originais de forma (um pouquinho) mais livre. A Blitz - nome inspirado nas duras que seus integrantes levavam da polícia e em homenagem à banda inglesa The Police - não era uma banda de rock comum. O cantor, compositor e ator Evandro Mesquita havia tido uma experiência no conjunto de teatro Asdrúbal Trouxe o Trombone e trouxe toda essa influência para a banda, que fazia de seus espetáculos verdadeiras performances teatrais.

Os outros integrantes do grupo musical eram Ricardo Barreto (guitarra), Antonio Pedro (baixo), Willian Forghieri (teclados), Márcia Bulcão (vocais), Fernanda Abreu (vocais) e Lobão (bateria), logo substituído por Juba. A banda carioca inaugurou o Circo Voador, no verão de 1982, no Arpoador e também foi uma dos primeiros grupos daquela geração a tocar na Rádio Fluminense FM.

De qualquer forma, a novidade não estava só na capa do disco lançado em setembro de 1982, e que vendeu, em poucas semanas, mais de cem mil cópias. A primeira faixa do lado A ("Blitz Cabeluda"), cantada por Evandro e por Márcia Bulcão e Fernanda Abreu, faz, de maneira inusitada, uma apresentação do disco e da banda ("Espero que vocês... / Espero que vocês gostem do disco / Assistem o show / Vejam o filme / E leiam o livro"). Bem espirituosos aqueles rapazes, não? E isso era apenas o começo. Já "Vai, Vai Love", já mostra a principal característica da banda carioca: as historinhas cantadas através das letras, feitas, em sua maioria em forma de poesia de jogral, como se estivéssemos ouvindo uma mini-peça de teatro, com vários diálogos travados entre Evandro e as backing vocals.

O som característico da Blitz foi influenciado pela new wave, calcado em guitarras e teclados (muito parecido com o estilo da Gang 90, de Júlio Barroso), e em "Vítima do Amor" e "O Beijo da Mulher Aranha", essa influência fica bem visível.

As letras hilárias da Blitz eram outro diferencial. "O Romance da Universitária Otária" conta a história de amor do Abreu e da Aparecida, a tal universitária ("Essa é a história / De uma universitária otária / Que não sabia se fazia / Oceanografia ou veterinária / Arquitetura àquela altura era loucura / Mas em compensação, comunicação era uma opção / (...) / Era boa em línguas, mas não sabia beijar". Além de fazer referência ao Rio de Janeiro (Fla x Flu, Bangu, Ipanema), "Volta ao Mundo" é de uma espirituosidade fantástica: "Mas um dia ainda me mudo / Prum país oriental / É um povo amarelinho, só come com dois pauzinhos / Tem os ?óios? puxadinhos, mas são valentes pra cachorro". E por aí vai...

A Blitz ainda aproveita a faixa de abertura do lado B, "Eu Só Ando a Mil", para fazer uma nova auto-apresentação: "Vocês ouvirão um som que abalará toda uma geração / Um som que marcará toda uma época". Um pouco convencida, diga-se de passagem. Mas o escracho, uma das marcas registradas da Blitz, tinha que ser levado em consideração, também. Logo após, é a vez da faixa "Mais Uma de Amor (Geme Geme)" que estourou e é considerado um dos grandes hits do conjunto. A letra conta "mais uma das manjadas histórias de amor" e a música está mais puxada para o reggae.

"Você Não Soube me Amar", cujo compacto foi lançado antes do LP, e vendeu absurdamente, catapultou a Blitz ao posto de primeiro grande representante do Rock Brasil. A canção mais parece um esquete de teatro. A divertida letra ("Você convida ela pra sentar / Muito obrigada! / Garçom, uma cerveja? / Só tem chope. / Desce dois, desce mais. / Amor, pede uma porção de batata frita? / Ok. Você venceu. Batata-frita.") é mais uma grande influência do Asdrúbal e cativou as crianças da época.

Ainda sob um certo controle da censura, as duas últimas faixas do LP foram censuradas. "Ela Quer Morar Comigo na Lua" e "Cruel, Cruel, Esquizofrenético Blues" continham palavrões em suas letras, coisa que desagradou aos censores. Como forma de protesto, a banda, ao invés de simplesmente retirar as faixas do disco, mandou prensá-lo com as duas faixas riscadas a prego, como forma de mostrar a violência por ela sofrida.

Após "As Aventuras da Blitz", a banda ainda lançou, em 1983, "Radioatividade" (com sucessos como "Betty Frígida", "Weekend" e "A Dois Passos do Paraíso"), com um grande show na Praça da Apoteose, no Rio de Janeiro, e o fraco "Blitz 3", em dezembro de 1984. O grupo ainda editou um álbum de figurinhas e fez dois shows apoteóticos no primeiro Rock in Rio (1985), além de uma pequena turnê por Moscou.

Pena que essa alegre história típica de um verão carioca terminou tão cedo...


Integrantes:


Evandro Mesquita (voz, gaita, guitarra)
Billy Forghieri (teclados)
Márcia Bulcão (voz)
Fernanda Abreu (voz)
Ricardo Barreto (guitarra)
Antonio Pedro (baixo)
Lobão (bateria)


Faixas

1. Blitz cabeluda
2. Vai, vai, love
3. De manhã
4. Vítima do Amor
5. O romance da universitária otária
6. O beijo da mulher aranha
7. Totalmente em prantos
8. Eu só ando a mil
9. Mais uma de amor (Geme geme)
10. Volta ao mundo
11. Você não soube me amar
12. Ela quer morar comigo na lua
13. Cruel cruel esquizofrenético blues


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Engenheiros do Hawaii - Alívio Imediato 1989


Alívio Imediato é um álbum da banda de rock brasileira Engenheiros do Hawaii, lançado em 1989.

Gravado ao vivo no Canecão, no Rio de Janeiro, em Julho de 1989, o disco traz grandes sucessos como A Revolta dos Dândis (as duas partes), Infinita Highway, Toda Forma de Poder e Somos Quem Podemos Ser.

O disco traz ainda duas faixas inéditas de estúdio, Nau à Deriva e Alívio Imediato.


Faixas

01. Nau À Deriva
02. Alívio Imediato
03. Revolta Dos Dândis I
04. Revolta Dos Dândis II
05. Infinita Highway
06. A Verdade A Ver Navios
07. Toda Forma De Poder
08. Terra De Gigantes
09. Somos Quem Podemos Ser
10. Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém
11. Longe Demais Das Capitais
12. Tribos E Tribunais



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Engenheiros do Hawaii - Ouça o Que Eu Digo Não Ouça Ninguém 1988


Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém é um álbum da banda de rock brasileira Engenheiros do Hawaii, lançado em 1988.

Os principais sucessos do disco foram Somos Quem Podemos Ser, A Verdade a Ver Navios, Cidade em Chamas e a faixa-título. Outras canções ganharam destaque maior anos depois, como Nunca se Sabe, Tribos e Tribunais e Pra Entender.


Faixas

1. Ouça O Que Eu Digo:Não Ouça Ninguém
2. Cidade Em Chamas
3. Somos Quem Podemos Ser
4. Sob O Carpete
5. Desde Quando?
6. Nunca Se Sabe
7. A Verdade A Ver Navios
8. Tribos E Tribunais
9. Pra Entender
10. Quem Diria?
11. Variações Sobre Um Mesmo Tema


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Engenheiros do Hawaii - Longe Demais das Capitais 1986


Longe Demais das Capitais é o primeiro álbum de estúdio da banda de rock brasileira, do Rio Grande do Sul, Engenheiros do Hawaii, lançado em 1986 pela gravadora RCA (posteriormente BMG e Sony BMG, atualmente Sony Music).

Revelada pela coletânea Rock Grande do Sul com as canções Sopa de Letrinhas e Segurança, a banda gaúcha lançou em fins de 1986 seu primeiro LP, puxado pelos sucessos Toda Forma de Poder (incluída na trilha sonora da novela Hipertensão, da Rede Globo), Segurança (incluída na trilha sonora da telenovela Corpo Santo, da Rede Manchete) e Sopa de Letrinhas. O disco se destaca pela visão crítica das letras do vocalista Humberto Gessinger, que versam sobre insegurança, falta de perspectiva e existencialismo, com toques políticos.

O disco foi recentemente relançado em vinil pela Sony Music na série Meu Primeiro Disco, que traz os relançamentos dos discos de estréia de vários artistas da gravadora, em vinil e também em CD, com versões demo.


Integrantes:



Faixas
  1. "Toda Forma de Poder- 3:14
  2. "Segurança - 3:18
  3. "Eu Ligo pra Você - 3:36
  4. "Nossas Vidas - 3:05
  5. "Fé Nenhuma" - 2:45
  6. "Beijos pra Torcida" - 1:46
  7. "Todo Mundo é Uma Ilha" - 2:45
  8. "Longe Demais das Capitais" - 4:07
  9. "Sweet Begônia" - 2:29
  10. "Nada a Ver" - 3:18
  11. "Crônica" - 2:45
  12. "Sopa de Letrinhas"


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Engenheiros do Hawaii - A Revolta dos Dândis 1987


A Revolta dos Dândis é um álbum da banda de rock brasileira, do Rio Grande do Sul, Engenheiros do Hawaii. Foi gravado em 1987 e marca uma mudança na sonoridade da banda, até então próxima ao ska de bandas como The Police e Paralamas do Sucesso.

O disco marcou a estréia de Augusto Licks como guitarrista da banda, enquanto Humberto Gessinger assume o baixo.

Seus principais sucessos foram A Revolta dos Dândis (dividida em duas partes, em que a primeira obteve maior sucesso), Terra de Gigantes (cujo videoclipe obteve maior sucesso), Infinita Highway (que até hoje é cantada, apesar de sua longa letra) e Refrão de Bolero (apesar de gravada neste disco, emplacou apenas no início de 1991, em meio aos sucessos de O Papa é Pop, disco de 1990).

Outras faixas bastante interessantes são Filmes de Guerra, Canções de Amor (que batizou o disco homônimo acústico de 1993), Além dos Outdoors (que seria regravada no mesmo disco) e Guardas da Fronteira (com a participação do cantor gaúcho Júlio Reny).

Integrantes:

Faixasca Ver a letra Guardas Da Fronteira

1. A Revolta dos Dândis
2. Terra de Gigantes
3. Infinita Highway
4. Refrão de Bolero
5. Filmes de Guerra, Canções de Amor
6. A Revolta dos Dândis II
7. Além dos Outdoors
8. Vozes
9. Quem tem pressa não se interessa
10. Desde Aquele Dia
11. Guardas da Fronteira

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